Inserção da pessoa idosa no ambiente educacional foi tema da 7ª Jornada do Nupid nesta sexta (24)


O auditório da Escola Superior do Ministério Público (ESMP), recém-inaugurado no prédio das Promotorias de Justiça de Fortaleza, no bairro Luciano Cavalcante, recebeu nessa sexta-feira (24/11) a 7ª edição da Jornada do Núcleo de Defesa do Idoso e da Pessoa com Deficiência (Nupid). A manhã de atividades, cujo tema era “A inclusão da pessoa idosa no sistema educacional”, contou com a presença de estudantes do curso de Direito da Universidade de Fortaleza (Unifor), de promotores de Justiça, de membro da Defensoria Pública estadual e de representantes de Instituições de Longa Permanência para Idosos (ILPI). A programação da 7ª Jornada do Nupid incluiu ainda a visita guiada de 40 idosos à Exposição “Memórias de Permanência”, no Pátio da Biblioteca da Unifor, no sábado (25).

O evento foi conduzido pelo secretário-executivo do Nupid, promotor de Justiça Alexandre Alcântara, que lembrou que a realização da Jornada e dos Seminários da Pessoa Idosa, neste ano, fazem alusão aos 20 anos da criação do Estatuto da Pessoa Idosa. “Ao longo desse ano nós discutimos muitos temas caros à defesa da pessoa idosa e da pessoa com deficiência, inclusive com a parceria da Unifor. E hoje trazemos aqui o acesso à educação para o idoso, num país com alto índice de analfabetismo entre os idosos, então devemos ter a preocupação também com essa inclusão”, frisou o secretário.

A Jornada foi marcada pelas palestras da doutora em Política Social pela Universidade de Brasília (UnB) e professora do Centro de Ciências Jurídicas da Unifor, Mariana Matias, e de seus alunos em curso de extensão da Unifor. A professora demonstrou a satisfação por estar participando, junto aos alunos, da Jornada. “Agradeço por estar aqui, com meus alunos, discutindo nossas pesquisas sobre a pessoa idosa e dando vez ao protagonismo estudantil. Além de conhecer outra visão do MPCE, órgão que nós estudamos durante o curso”, pontuou.

As palestras ministradas pelos três grupos de alunos de Direito da Unifor abordaram os dados de inserção da pessoa idosa no ambiente universitário brasileiro; os Direitos Humanos na perspectiva da pessoa idosa; as deficiências ocultas e a atuação do ordenamento jurídico; assim como a apresentação de problemáticas, desafios e possíveis soluções.

A promotora de Justiça Emilda Afonso, que possui atuação na área da Defesa da Educação, foi debatedora no evento e explicou sobre sua atuação tanto no interior, quanto atualmente em Fortaleza. “É uma luta, pois há uma resistência tanto do poder público, quanto do poder privado, em tomar ações efetivas. Mudar siglas e apenas dizer que aquele grupo será incluído na escola, por exemplo, não é garantia. É preciso capacitar os profissionais que atuam ali, desde a merendeira até o professor, para que aprendam a lidar com as demandas no ambiente educacional”, defendeu a promotora de Justiça.

No mês de dezembro ocorrerá a 8ª e última edição da Jornada, iniciativa desenvolvida em alusão aos 20 anos de criação do Estatuto da Pessoa Idosa e que tem o objetivo de promover reflexão e debate sobre temas relevantes no âmbito dos direitos humanos da pessoa idosa e da pessoa com deficiência, proporcionando um intercâmbio de experiências entre profissionais em formação, bem como os já experientes, de áreas afins ao idoso e à pessoa com deficiência.

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