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Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), em 2012 mais de 800 mil pessoas se suicidaram por ano no mundo, o que significa que no mínimo a cada 40 segundos ocorre um óbito por suicídio. São números que superam a soma de homicídios e de mortes durante as guerras (dados da World Health Organization, 2017).

Esse fenômeno social tem se repetido nas mais variadas classes sociais e em diferentes faixas etárias. Embora o maior percentual de casos esteja entre os idosos, o suicídio já está entre as três principais causas de morte na faixa etária dos 15 aos 44 anos. É também a segunda principal causa de morte no mundo entre pessoas de 15 e 29 anos.

No Brasil, mais de 11 mil pessoas tiram a própria vida anualmente. As faixas etárias são as já citadas, devendo-se destacar, contudo, como grupos que precisam de um acompanhamento diferenciado, os indígenas, os deficientes auditivos e o público LGBTQ.

No Nordeste do Brasil houve um aumento de 51,7% dos casos de suicídio, segundo o Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde – DATASUS. No Ceará, nos últimos cinco anos, aproximadamente 3 mil pessoas tiraram sua própria vida, fazendo com que o Estado ocupasse o quinto lugar no ranking nacional, de 2011 a 2015. Referindo-se à população até os 30 anos de idade, o Ceará já aparece como segundo Estado com maior número de casos.

Todos esses dados, porém, decorrem apenas de registros oficiais, os quais não são confiáveis devido à ausência de autópsias psicológicas e às subnotificações, muitas das quais ocorridas em razão do estigma e do preconceito social.

A OMS estima que as tentativas de suicídio são cerca de 20 (vinte) vezes mais frequentes do que o suicídio consumado. Ademais, para cada tentativa de suicídio oficialmente registrada, existem, pelo menos, quatro tentativas não registradas.